Cinco servidores da Vigilância Sanitária, acusados de cobrar propina, serão presos
O Tribunal de Justiça cassou o habeas corpus que libertou cinco dos 27 fiscais da Vigilância Sanitária da prefeitura, presos na semana passada durante a Operação Parasitas, acusados de participação em um esquema de cobrança de propinas. Com isso, os acusados já estão sendo procurados. O habeas corpus havia sido obtido por advogados de defesa dos fiscais, horas depois do início da operação. Anteontem, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) já havia cumprido três mandatos de prisão contra Marco Antônio Peixoto, Robert Roy Fulton e Vânia Kastrup. Ontem, os outros dois acusados, Walfredo Prenchel e Robert Kelly Vidinha, eram procurados.
A Operação Parasita prendeu uma quadrilha de fiscais da Vigilância Sanitária que cobravam propina de comerciantes para não multar bares, restaurantes e não combater irregularidades. Além disso, eles também agiam em áreas como a fiscalização de farmácias e do serviço de ambulâncias de clínicas particulares. O grupo movimentava até R$ 50 milhões por ano, de acordo com investigações da Draco-IE.
Os acusados vão responder por formação de quadrilha e concussão (cobrança de propina por funcionário público), crimes punidos com até 12 anos de prisão. A investigação da Draco-IE começou há dois anos, a pedido da Secretaria municipal de Saúde, que recebeu denúncias anônimas através do sistema de ouvidoria.