SP cria Casa de Passagem para mulheres vítimas de violência
05 de dezembro de 2013
Agências estados e municípios
SÃO PAULO
Dentro da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher", realizada, simultaneamente, em 130 países, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres promove na sexta-feira, na sede da prefeitura o ato "São Paulo não tolera violência contra a mulher".
Já estão confirmadas as presenças da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entre outras autoridades segundo comunicado da assessoria de imprensa da prefeitura.
Nesse dia, será feito o anúncio oficial da construção da primeira Casa de Passagem da cidade de São Paulo, um serviço de atendimento provisório para até cinco famílias, simultaneamente, formado por equipes multidisciplinares capacitadas para acolher, de forma imediata, mulheres vítimas de violência. A secretaria também aderiu em agosto deste ano ao Programa "Mulher, Viver sem violência", coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que visa a integrar os serviços públicos de atenção às mulheres, dando atendimento humanizado e acesso à Lei Maria da Penha. O programa prevê a construção da Casa da Mulher Brasileira na cidade de São Paulo, que reunirá no mesmo espaço, delegacia, juizado especial, Ministério Público, Defensoria Pública, abrigo temporário, atendimento psicossocial, espaço de convivência para a mulher, sala de capacitação e orientação para o trabalho, emprego e renda e brinquedoteca.
Na mesma solenidade, será assinado ainda um termo de convênio entre a secretaria de políticas para as mulheres e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana que formaliza a capacitação da Guarda Civil Metropolitana na temática de gênero. O objetivo é fornecer subsídios para que estes agentes saibam reconhecer o crime de violência doméstica.
Dados da Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, de janeiro a outubro de 2011, indicam que o Estado de São Paulo totalizou 77.189 ocorrências - um terço do total dos números do serviço. Levando em conta a população do estado, São Paulo ocupa a 26ª posição em taxas de homicídio de mulheres, segundo levantamento do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela).