Um médico cubano do programa Mais Médicos do governo federal foi encontrado morto em um hotel de alto padrão no centro de Brasília, na tarde de ontem. O médico foi encontrado com um lençol enrolado no pescoço e pendurado na janela, no lado de dentro do quarto. A Polícia Civil trabalha com a suspeita de suicídio.
O nome do cubano não foi divulgado pelo Ministério da Saúde. O transporte do corpo será realizado pela Organização PanAmericana de Saúde (Opas), entidade internacional que faz a intermediação da contratação entre os governos brasileiro e cubano. De acordo com o Ministério da Saúde, o homem tinha 52 anos e estava em Brasília aguardando a designação do município para o qual seria enviado. Não foi informado quando o médico chegou ao País nem se ele já havia concluído o período de treinamento.
O corpo foi encontrado por uma camareira. A Polícia Civil trata a hipótese de suicídio como a mais provável porque não havia sinais de violência nem de arrombamento no quarto, segundo o trabalho da perícia. O lençol no pescoço do médico estava preso a uma estrutura da janela e o corpo estava pendurado dentro do quarto.
Polêmica. O Mais Médicos foi lançado pelo governo no ano passado e a contratação de médicos cubanos provocou polêmica nos últimos meses após alguns deles abandonarem o programa. A maior parte dos R$ 10 mil repassados pela União fica com o governo cubano.
Em março, o governo brasileiro anunciou um acordo com Cuba e a Opas para ampliar o valor repassado diretamente para os profissionais. Eles passaram a ter direito a US$ 1.245 (cerca de R$2,8 mil).