Utilização médica do derivado da maconha tem sido analisada caso a caso pela agência
Desde abril, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou 184 pedidos de importação de CBD, o canabidiol, derivado da maconha usado em remédios. Foram 223 solicitações ao todo.
Entre as exigências da agência, estão prescrição médica, laudo médico e termo de responsabilidade.
O uso medicinal do canabidiol foi discutido nesta terça-feira (18) em audiência pública na comissão de seguridade social e família da Câmara dos Deputados.
"Nossa grande questão é discutir a eficácia e segurança dos produtos. (...) Não há evidências na literatura de que essa substância cause dependência, ao contrário da maconha. Usando termos comuns, não deixa a pessoa doidona", afirmou o diretor-presidente substituto da Anvisa, Ivo Bucaresky.
O CBD ganhou destaque no início do ano com a autorização de importação para famílias de crianças com doenças graves, como síndromes raras epiléticas. A diretoria da agência iniciou debate para retirada do canabidiol da lista de substâncias proibidas no país, mas a discussão ainda não foi concluída --isso faria com que a agência não tivesse mais de analisar as importações caso a caso
O diretor da Anvisa ponderou, no entanto, que ainda há carência de informações sobre as doses ideais a serem tomadas em cada caso. O CDB já é lícito em países como Canadá, Nova Zelândia e Israel.