Genebra - A Organização Mundial da Saúde alertou hoje para a aparição de casos de diarréia entre as vítimas do terremoto que há uma semana causou cerca de 30.000 mortes no sul da Ásia, principalmente no Paquistão. "Na sexta-feira passada, tivemos notícia de oito casos em Balakot - cidade paquistanesa que ficou devastada - e, no dia seguinte, já eram 80 os casos dos quais tivemos informações", explicou a OMS, que teme que a falta de condições sanitárias apropriadas nas regiões afetadas sejam um caldo de cultivo para doenças infecciosas.
Por isso, a OMS informou, por meio de um comunicado, que, junto com a Unicef, está enviando à região helicópteros carregados de pastilhas de cloros, sais hidratantes e medicamentos. "A falta de suficiente água potável e de condições sanitárias adequadas é uma das principais preocupações em matéria de saúde, por isso é necessário que cheguem com a máxima urgência pastilhas de cloro e estações móveis de tratamento de água", acrescenta a organização com sede em Genebra.
Além disso, passada uma semana do terremoto, as feridas de muitos doentes estão se reabrindo e se infeccionando, por isso se multiplicam os casos de gangrena.
Falta de abrigo e frio também preocupam
Outra das principais preocupações das organizações humanitárias é a oferta de abrigo às milhares de pessoas que ficaram sem casa, já que "começou a chover fortemente e as temperaturas continuam caindo à medida que se aproxima a chegada do inverno".
O Escritório da ONU para a Assistência Humanitária (OCHA) também advertiu hoje que restam apenas algumas semanas para que chegue o inverno na região afetada pelo terremoto. Por esse motivo, frisou que cada vez é mais urgente a ajuda internacional, especialmente à relacionada a helicópteros e material de abrigo e proteção.
Fonte Estadão on line