Santas Casas formam comissão para negociar com governo
15 de maio de 2013
Grupo foi formado durante 22º Congresso das instituições
O 22º Congresso Estadual de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do estado de São Paulo terminou com a formação de uma comissão de representantes das instituições para negociar melhorias para o setor. O evento foi realizado entre quarta e sexta-feira da semana passada e reuniu mais de 500 pessoas.
A comissão que tem a primeira reunião em Brasília na próxima quinta-feira (16) é formada por três representantes de entidades, dois membros da Feshop (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo), além de um integrante da CNB (Confederação Nacional das Santa Casas).
Durante o primeiro encontro será feito o planejamento de trabalho da equipe. Será de responsabilidade do grupo a discussão de novos contratos a serem firmados com o Governo Federal. “Consideramos um ganho bastante grande, tendo em vista que jamais fomos chamados pelo Ministério da Saúde para debater as formas e valores de contrato”, comenta o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Marília, Milton Tédde.
A comissão também tem o objetivo de fortalecer o movimento “Tabela SUS, Reajuste Já” que pede aumento de 100% nos valores repassados pelo governo federal para cobertura de procedimentos feitos pelos hospitais.
Caso não haja avanços nas negociações está agendado para o dia 3 de julho em Brasília um manifesto com representantes das duas mil Santas Casas de todo o país. “Ainda será definida a programação para esta data, não sabemos se haverá paralisação. Entretanto, esperamos que até lá tenhamos boas notícias dadas pelo governo federal”, comenta Tédde.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin também esteve presente durante o 22º Congresso. Entre os anúncios feitos por ele está o refinanciamento bancário para as entidades. “Os juros com o bancos agenciadores dos financiamentos das filantrópicas seriam reduzidos, mas o importante mesmo é resolver o problema na raiz com o aumento dos repasses”, afirma o provedor.