O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no País poderá ser feito dentro de intercâmbio, afirmou ontem o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Pela proposta, médicos formados no Exterior viriam ao Brasil trabalhar em regiões com pouca mão de obra. Profissionais formados em instituições brasileiras, por sua vez, iriam para o Exterior fazer residência.
As especialidades ofertadas seriam aquelas também consideradas prioritárias, como oncologia e anestesia. A proposta inicialmente tem como foco Portugal, mas o ministro afirmou que há possibilidade de que a negociação seja estendida para outros países. Os médicos brasileiros teriam seus cursos custeados pelo Programa Ciência sem Fronteiras, disse Padilha.
O governo estuda desde o ano passado a criação de uma política para atrair médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. A proposta prevê que profissionais recrutados em outros países ficariam dispensados de fazer o Revalida, um exame para revalidação de diplomas obtidos no Exterior.
Uma medida provisória seria editada, criando o registro temporário. Com ele, profissionais poderiam trabalhar por três anos, numa área considerada prioritária pelo governo.