Anvisa decide manter remédio emagrecedor no mercado nacional
Por dois votos a um, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu ontem manter a venda de medicamentos emagrecedores à base de sibutramina. Por outro lado, as restrições ao comércio desses remédios também foram mantidas.
Em outubro de 2011, uma resolução da Anvisa permitiu a venda de medicamentos com sibutramina, mas também aumentou o controle sobre seu comércio. Na ocasião, três inibidores de apetite (femproporex, mazindol e anfepramona) foram tirados do mercado.
Segundo a Anvisa, a decisão tomada foi fundamentada em monitoramento do mercado da sibutramina ao longo do ano passado. Em 2011, a agência estabeleceu a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina.
Na época, a Anvisa também havia indicado a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso da substância. A agência tinha determinado ainda que, no momento da prescrição, médicos e pacientes deveriam assinar um termo de responsabilidade. Nesse termo, constam contraindicações e riscos aos pacientes.
A discussão começou em 2010, quando o estudo Scout, com 10.744 obesos de 16 países com doença cardiovascular e diabetes ou ambas mostrou que a pílula elevou o risco de infarto e derrame.