Controle de freqüência nos hospitais será mais rigoroso
17 de junho de 2013
Prefeitura lança licitação para ponto biométrico
Waleska Borges
Para tomar mais rigoroso o controle de presença dos profissionais de saúde nos hospitais municipais, a prefeitura abre, na quinta-feira, a licitação para instalação do ponto biométrico com reconhecimento facial. Todos os hospitais, postos, policlínicas e centros de atenção psicossocial contarão com o novo sistema de identificação. No total, serão gastos R$ 4,8 milhões com a implantação e a manutenção, por 24 meses, dos equipamentos. As primeiras unidades a adotar o ponto biométrico serão os hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto, Lourenço Jorge e Salgado Filho.
- Um dos objetivos é facilitar o controle da frequência dos profissionais. Hoje, 95% das unidades básicas de saúde usam sistemas informatizados, com prontuário eletrônico - diz o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.
A necessidade de criar instrumentos mais eficazes de controle da frequência dos servidores ficou mais evidente com o caso de Adrielly dos Santos, de 10 anos, que, baleada na cabeça, esperou por oito horas por uma cirurgia no Hospital Salgado Filho, no Méier, na noite de Natal. O problema foi causado pelo fato de o neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves ter faltado ao plantão. A menina acabou morrendo.
O Sindicato dos Médicos do Rio recorreu à Justiça contra o reconhecimento por impressão digital. E a presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa de Araújo, também é contrária ao ponto biométrico:
- O sistema não vai resolver o problema da falta de pediatras, neurologistas e ortopedistas na rede.