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12 de maio, dia mundial do enfermeiro

Dia 12 de maio é o dia mundial do enfermeiro. Em todo o Brasil está sendo comemorado como justa homenagem a quem tanto faz pela saúde do brasileiro. Homenageio e valorizo o pessoal de enfermagem por reconhecimento veraz e espontâneo e como tributo de justiça.

O que tenho e muito, é uma tremenda gratidão e admiração pelo trabalho de enfermagem, de origem milenar, que teve e tem nas mulheres seus principais executores. O próprio nome que assumiu, séculos atrás, vem da “mãe que cuida e nutre”. Nasce do desvelo aos deficientes, idosos, doentes e feridos. Se foi com Florence Nightingale, que se imortalizou a ação de enfermagem no mundo, Anna Nery é paradigma para a brasileira. No Brasil a profissão se desenvolveu na ação anônima de dedicados seres humanos, forjados no desejo de servir e preparados em serviço. Cito sempre os jesuítas como os primeiros agentes de saúde no Brasil. Eram preparados nos conventos portugueses para aqui desenvolverem ações no obscurantismo do saber saúde da idade média. Faziam por caridade cristã agregando como auxiliares atendentes seus próprios assistidos e convencendo outros ao desvelo caridoso com os enfermos e idosos mais pobres e desvalidos. As Santas Casas de Misericórdia, tendo inicio nos idos de 1500, eram operadas pelo pessoal de enfermagem, inicialmente voluntários e agregados e só muito mais tarde por profissionais reconhecidos e remunerados. Tive o privilégio de ter duas tias freiras vicentinas que foram enfermeiras e dirigentes de Santas Casas e Hospitais, até faleceram com mais de noventa anos. Dependi, desde pequeno, portador de miocardiopatia familiar, dos cuidados de enfermagem. Na juventude virei atendente de enfermagem de meus colegas de colégio e depois em trabalho comunitário: medindo sinais vitais, aplicando injeção, fazendo curativos e ministrando medicamentos.

Hoje quero comemorar o profissional de enfermagem, de todos os níveis de formação, que foi aquele que mais cresceu em conhecimento, função e responsabilidade nos últimos 20 anos. Estima-se que o Brasil hoje conte com cerca de 1 milhão de profissionais de enfermagem. Cerca de 100 mil enfermeiros e 900 mil entre técnicos e auxiliares.

Mais que o crescimento numérico quero enaltecer o papel desempenhado por estes profissionais no desenvolvimento da saúde no Brasil. Sem medo de errar ou exagerar digo que o enfermeiro é o profissional que mais ajuda a consolidação do Sistema Único de Saúde. Ele faz a diferença por melhor ter entendido o SUS e se disposto a desenvolvê-lo. Foi ele que assumiu áreas essenciais além daquelas que tradicionalmente o ocupavam: cuidados a pacientes, vacinas, injeções, medicamentos orais e tópicas, curativos, sinais vitais, observação geral, acompanhamento do centro cirúrgico. Além destas assumiu: gestão, planejamento, vigilância sanitária e epidemiológica, pesquisa, educação em saúde, participação da comunidade, promoção e proteção à saúde. Dedicou-se a todas aquelas áreas onde tinha competência técnica para fazer e fazer bem. Assumiu desafios ao apropriar a seu campo de conhecimento uma série de outras para as quais foram buscar competência e habilitação. Muitos iniciaram-se na produção científica trazendo análises de ações e serviços de saúde e outros foram para a academia fazer suas especializações, mestrados e doutorados.

Sem medo de errar, digo, com muito orgulho, que o profissional de enfermagem foi aquele que mais assumiu o SUS, o sistema de saúde do brasileiro. Profissionais que, assim como o SUS, sabem acolher as diferenças, fazendo da diversidade sua marca na qualidade da atenção, imprescindível a um país prenhe de diferenças essenciais. Não se trata de diminuir o papel dos vários outros trabalhadores de saúde, mas, de enaltecer o particular de um profissional que faz a diferença. Parabéns enfermeiro. Minha homenagem, meu carinho e meu agradecimento pelo seu trabalho e dedicação à vida-saúde do cidadão brasileiro.

[1] Gilson Carvalho - Médico Pediatra e de Saúde Pública - O autor adota a política de copyleft podendo este texto ser copiado e divulgado por qualquer meio, independente de autorização do autor. O autor tem seus textos publicados no site www.idisa.org.br



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