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SAÚDE DEPENDE DA CIDADE E DO PAÍS EM QUE VIVEMOS

Praticamente passou despercebido por grande parte da mídia, pelas pessoas e mesmo pelos serviços de saúde o dia 7 de abril, como DIA MUNDIAL DA SAÚDE. Neste ano o tema para debate e para a agir é o ambiente urbano como condicionante e determinante da saúde.

A CF brasileira coloca a saúde como direito de todos e dever do Estado, mas sob a dependência do econômico e social. Na Lei entra nos detalhes, afirmando, com todas as letras, que saúde depende de trabalho, salário, casa, comida, educação, lazer, cultura, saneamento, meio ambiente.

Outro ponto essencial da lei de saúde é que, ao colocar saúde como política e dever de estado, explicita que este dever não exime as pessoas, as famílias, as empresas e a sociedade, de exercer seu papel e responsabilidade.

O tema para reflexão mundial sobre saúde, neste ano, é fundamental: o ambiente em que vivemos nas cidades precisa ser melhorado e de forma mais universal. Os ambientes urbanos deteriorados, pior para os mais pobres, diminuem a qualidade de vida de todos colocando em risco a saúde individual e coletiva. Pior, são questões gerais condicionantes e determinantes da saúde em que nenhum recurso específico de saúde poderá determinar melhora. Esta vem de uma política urbana com planejamento de curto, médio e grande prazos. Política geral, para todos os grupos sociais, em todos os ambientes.

O momento atual do Brasil, com as tragédias causadas pelo regime excessivo de chuvas, mostra exatamente a tragédia anunciada da falta de planejamento urbano e de medidas concretas, principalmente preventivas. Nossas cidades vão, cada vez mais, se aprofundando na falta de condições de vida principalmente para a população da periferia. De um lado uma necessidade humana de bem morar, inacessível a grande parte da população mais pobre. De outro a ausência de escrúpulo de mercadores de loteamentos clandestinos. Pior, a falta de regulação do poder público, coadjuvada pela baixa prática do poder de polícia.

Nossas cidades devem dar melhores condições de vida e saúde para as pessoas que as habitam. Temos que ter garantido para todos os condicionantes e determinantes da saúde. Uma cidade mais saudável é aquela em que seus habitantes tenham oportunidade de trabalho e renda como principal determinante da saúde. Quantos os desempregados e sub empregados hoje no Brasil: 10, 15, 19 milhões ? Cidades com moradia para todos e não um Brasil com um déficit habitacional de cerca de 8 bilhões de habitações dignas. Uma cidade com acesso a água potável e destino de dejetos para todos os bairros e moradias. Cidades em que o desleixo com máquinas, vias e pessoas (condutores ou transeuntes) não levem à morte cerca de 30 mil brasileiros-ano. Cidades em que a falta de segurança e de tolerância mútua não leve à morte violenta cerca de 50 mil brasileiros-ano e deixem outro tanto com seqüelas incorrigíveis. Cidades com oportunidade de atividade física, lazer e cultura para todos. Cidades onde todos possam ter acesso a uma alimentação correta em qualidade e quantidade.

A Saúde, no discurso constitucional, depende do econômico e social. Lembro a complementação de que o dever do estado de conseguir mais saúde, depende de cada um de nós. Nada acontecerá se todos não trabalharmos duro para termos mais saúde. Este é o ano mundial aberto à análise, proposição e execução de mudanças nos condicionantes e determinantes da saúde. É o ano em que devemos todos tomar em nossas mãos a responsabilidade pela saúde de nosso meio, de nosso habitat, para que seja garanta a integralidade de nossa saúde e de todos que nos cercam.

O PLANEJAMENTO URBANO É ESSENCIAL PARA A SAÚDE PÚBLICA. 7 de abril de 2010 DIA MUNDIAL DA SAÚDE – TEXTO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

“O ambiente urbano tem um impacto direto na saúde dos habitantes. Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, a OMS lançou uma campanha que enfatiza o papel central de planejamento urbano para alcançar um saudável século XXI. Em particular, a organização apela às autoridades locais, moradores e defende um estilo de vida saudável, entre outros, para analisar cuidadosamente as desigualdades na saúde nas cidades e tomar as medidas adequadas. A rápida urbanização mundial que participaram produz mudanças significativas em nossos caminhos e os padrões de vida, comportamento social e da saúde. Se há 30 anos vivia em 4 cidades em 10 pessoas em 2050 será de 7 a 10. "Em geral, as populações urbanas estão em melhor situação do que os rurais, têm mais acesso aos serviços sociais e de saúde e expectativa de vida aumentou. Mas as cidades também podem concentrar em ameaças para a saúde, como saneamento inadequado e eliminação de resíduos, poluição, acidentes de trânsito, surtos de doenças infecciosas e estilos de vida pouco saudáveis, "diz a Dra. Margaret Chan Director Geral da OMS. Muitas cidades estão enfrentando uma ameaça tripla: doenças infecciosas, que proliferam no sector da habitação lotado, doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, câncer ou doença cardíaca, que aumentam com estilos de vida saudáveis e do consumo de tabaco, dieta não saudável, inatividade física e uso nocivo de álcool e acidentes de trânsito, ferimentos, violência e crime. Apesar destas ameaças, as cidades também oferecem oportunidades. Há cinco etapas para aumentar significativamente as chances de que os cidadãos tenham melhores condições de vida nas cidades: 1-Promover o planejamento urbano que promove comportamentos saudáveis e de segurança; 2-Melhoria das condições de vida nas cidades; 3-Participação dos cidadãos na ação do governo; 4-Planejamento urbano que não exclui qualquer grupo e é adaptado às necessidades dos idosos; 5-Aumentar a resiliência das cidades após desastres e emergências.

"A ampla gama de problemas de saúde nas cidades e os seus determinantes exige ações multidisciplinares, políticas coordenadas e medidas que abrangem o meio ambiente, transportes, educação, planejamento urbano e parques e recreação", diz o Dr. Ala Alwan , a OMS Assistante Director-Geral de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental. "Estamos em um momento histórico muito importante em que podemos conseguir uma mudança real." Também são necessárias políticas coordenadas e medidas para abordar os fatores subjacentes às principais problemas de saúde que hoje são as cidades. Por exemplo, a poluição do ar urbano mata cerca de 1,2 milhão de pessoas por ano. As lesões de trânsito são outro grande problema urbano. Eles são a principal causa de morte entre 15 a 24, e segundo grupos de 10 a 14 anos. Em muitos casos, o rápido crescimento da população excede a capacidade local de criar infra-estruturas essenciais para garantir a segurança e integridade de vida nas cidades, levando à proliferação de assentamentos irregulares. Especialmente no mundo em desenvolvimento, mas também no mundo desenvolvido, a urbanização é acompanhada por uma concentração de pobreza. Estima-se que um em cada três habitantes urbanos (ou seja, cerca de 1000 milhões de pessoas) vive em favelas e assentamentos precários, o que evidencia a necessidade urgente de ação para atender às suas necessidades. Como partes do Dia Mundial da Saúde 2010, mais de 1.300 cidades em todo o mundo têm organizado eventos de atenção à saúde. Ao longo do ano, a OMS continuará a destacar a questão da saúde urbana, e termina sua campanha com um fórum mundial sobre urbanização e saúde a ser realizada em novembro, em Kobe (Japão), onde os líderes dos municípios e os países elaboraram uma declaração sobre medidas para resolver os problemas urbanos relacionados à saúde. “ OMS - GENEBRA



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